Provocações
sobre construção cultural das Infâncias na contemporaneidade.
Segundo Marisa Vorraber Costa (2006, p.1) “os ditos sobe as
crianças inventam infâncias ao mesmo tempo em que subjetivam os infantis,
instalam e legitimam formas de lidar com eles.” As infâncias são construções
temporais, e aí se instala uma grande questão. Além de uma infância forjada de
modo discursivo vivemos hoje no século XXI tentativas de lidar com uma infância
inventada no século XIX. Nossa relação com as infâncias na contemporaneidade é
anacrônica. Temos em mente uma criança “ingênua, dependente dos adultos,
imatura e necessitada de proteção”, enquanto na realidade as crianças de
mostram cada vez mais “independentes, desconcertantes, erotizadas, acostumadas
com a instabilidade, a incerteza e a insegurança” (COSTA, 2006, p.2). Não nos
cabe um juízo histórico neste momento mas não podemos nos esquivar das
problematizações que as crianças de hoje nos trazem sobretudo quando pensamos a
educação.
COSTA, Marisa
Vorraber. Quem são? Que querem? Que fazer com eles? Eis que chegam às nossas
escolas as crianças e jovens do século XXI. In: MOREIRA, Antônio Flávio; ALVES,
Maria Palmira; GARCIA, Regina Leite (Orgs.). Currículo, cotidiano e tecnologias. Arararaquara:
Junqueira&MARIN, 2006.
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