Falamos muito em criação e criatividade, mas não podemos esquecer que a formação de muitos de nós passou fortemente pelo crivo da proposta convencional de uma educação do intelecto e não uma educação dos sentidos. É visível e quase palpável, entre nós educadores, o desejo de transpor o mundo da pura intelecção e alcançar a arte e suas linguagens, mas isso não é tão simples. Falta-nos a sensibilidade necessária para criar além do que está previsto. Olhar além do que se pode ver. O ensino de arte tem várias funções, dentre elas, o fazer artístico, a história da arte e a apreciação ou fruição artística. A arte-educação promove todos esses aspectos em conjunto, visando uma formação mais consistente e ampla do indivíduo.
A possibilidade de interferência do teatro e de seus processos e métodos de criação como ferramentas são capazes de gerar modificações no ambiente escolar de forma bastante abrangente. A proposta é um desafio aos educadores que participam da oficina e à maneira geral que se pensa o teatro da escola.
Muito da arte nos escapa por não termos sidos educados para a Arte. Não fomos educados para a sensibilidade, para o belo. Muito pouco trabalhamos em nossa formação sobre nossas emoções, nossos sentimentos e nossas sensações. No entanto é possível desencadear em nós e em nosso trabalho um processo de ruptura capaz de favorecer uma reflexão mais ampla e bem embasada sobre a arte em nossa vida e em nossa educação.
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